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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Design Humanitario na USP e MIT

Deixo aqui o link para materia que escrevi sobre Design Humanitario. Este artigo pessoal saiu a razão de que o conhecido e respeitado especialista americano em Design e Inovação Bruce Nussbaum escreveu uma materia (Julho 2010) onde se perguntava se o design humanitario americano era um novo imperialismo.

No pé da materia esta o artigo original dele e algumas respostas iradas dos propios designers americanos, como sugestão leiam primeiro o artigo dele e complementem com o meu.

Só para complementar, semana passada esteve aqui Amy Smith do D-Lab MIT na Usp, apresentando alguns projetos humanitarios na Africa e querendo iniciar parcerias aqui e na USP.

Boa leitura e reflexão!!


Publicado por Marcio Dupont

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Novo catálogo "O Grande Häfele" em português

Para quem está querendo desenvolver produtos no setor moveleiro, a Hafele acaba de lançar seu catálogo em português totalmente disponivel online com todas as especificações de suas ferragens e elementos de fixação para móveis





Acesse aqui o catálogo "Grande Hafele"




Vale a pena ter uma cópia!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Video: Trabalhando com Acrilico - INDAC

Videos produzidos pela INDAC mostrando aplicações e formas de trabalho com acrilico, bem legalzinho pra quem quer conhecer um pouco do material.

Trabalhando com Acrílico


Acrílico - Uma palavra que gera sucesso

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Livros: Design do dia-a-dia / Design Emocional

Aí vai duas indicações muito legais de livros, que na verdade quem me indicou como "leitura obrigatória" foi o Fábio Righetto da Domus Design, escritório aqui de SP, em uma entrevista que fiz lá.

São Design do dia-a-dia e Design Emocional do Donald A. Norman, aconselho a ler os dois e nessa sequência.

No primeiro o autor faz diversas analogias a produtos e seus design, com a premissa de que forma segue a função, se um usuário não sabe como usar o produto ou o produto não faz bem sua função é considerado um design ruim.
Já no segundo livro o autor muda um pouco de idéia e assume que quem leu seu primeiro livro e o seguir a risca pode desenhar produtos funcionais mas não necessariamente atraentes. E passa a analisar produtos com relação a emoção criada pelo design, produtos que não são tão funcionais mas que tem um design diferenciado tem um vinculo emocional entre produto e consumidor, DESEJO, muitas vezes maior do que os produtos funcionais.

Abaixo as sinopses dos livros

Design do dia-a-dia
Donald A. Norman
Por que alguns produtos satisfazem os consumidores, enquanto outros os deixam completamente frustrados? Em 'O design do dia-a-dia', o especialista em usabilidade Donald A. Norman analisa essa questão, mostrando que a dificuldade em manipular certos produtos e entender seu funcionamento não é causada pela incapacidade do usuário, mas sim por uma falha no design do que foi fabricado. Para o autor, design é mais do que dar uma bela aparência a alguma coisa - é um ato de comunicação, que transmite a essência da operação do objeto e implica o conhecimento do público para o qual ele foi criado. O livro apresenta quatro princípios fundamentais do design - modelos conceituais; feedback ou retorno de informações; restrições; e affordances. Ao longo dos capítulos, Donald A. Norman dá exemplos de produtos adequados e inadequados, além de mostrar de que forma o excesso de tecnologia pode comprometer a facilidade de utilização do que foi fabricado. Ele também ressalta a importância do poder de observação. Sabendo olhar com atenção a si mesma e aos outros, cada pessoa se torna capaz de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população em geral. As dicas, análises e considerações reunidas neste livro tornam sua leitura interessante não só para quem trabalha com a fabricação de produtos, mas para todos nós, que diariamente temos que lidar com as engenhocas criadas por nossos semelhantes.

Design Emocional
Donald A. Norman
Partindo do princípio dos três tipos de design - o visceral, o comportamental e o reflexivo -, o Donald A. Norman define o que é o 'Design emocional' - que intitula o livro -, estética que nos repulsa ou atrai a determinado produto. Utilizando exemplos que fazem parte do dia-a-dia da maioria das pessoas, como a interação com computadores, a produção e o uso de fotografias e os objetos comprados em viagens, o autor explora a grande dúvida que aflige as pessoas - saber se as coisas bonitas realmente funcionam melhor do que as feias.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Como multiplicar suas vendas com um simples redesenho dos produtos


Bem legal

O design saiu da esfera apenas estética e hoje está no centro da estratégia das empresas. O resultado: crescimento rápido

Por Katia Simões

Com fábrica em Santa Bárbara d'Oeste, a Poly play quadruplicou o seu faturamento em três anos fazendo cabides. Em São Carlos, a Animalltag conseguiu praticamente multiplicar suas unidades vendidas por quatro, só que de um ano para o outro, e com um brinco de boi. Mas não se trata de um brinco qualquer. E nem de cabides comuns. O que está por trás do crescimento vertiginoso dessas duas pequenas empresas do interior paulista é uma ferramenta poderosa: o design.

Os produtos arrojados que vêm desenhando impressionam não apenas pela beleza, como também pela funcionalidade. Os cabides da Poly Play não deformam camisetas e facilitam a passagem de roupas. O brinco da Animalltag, que serve para identificar o rebanho por radiofrequência, gira para não enganchar na cerca. Leia MaisNebulização com estilo

Pesquisa sobre Impacto do Design no Desempenho das EmpresasPoly Play, Animalltag e outras três empresas que você conhecerá nesta reportagem (Freso, Ecobrisa e Flying Skateboards) são exemplos de como o design hoje ocupa uma posição central em negócios (realmente) bem-sucedidos. "A diferença em relação à moda do design nos anos 1990 é que agora empresas de todos os portes começam a vê-lo como um processo estratégico, que deve acompanhar todas as etapas da produção, e não apenas como maquiagem para deixar o produto esteticamente mais atraente", afirma Ellen Kiss, coordenadora do curso de pós-graduação em Design Estratégico da ESPM. "Sob a nova ótica, o grande desafio é tornar o produto viável economicamente, desejável sob o ponto de vista do usuário e tecnologicamente praticável."

UM PROJETO ILUMINADO
Quando as primeiras casas de boneca, escorregadores e gangorras lançados pela Freso, indústria de São José dos Pinhais (PR), chegaram ao mercado, causaram espanto. Fugiam do padrão da época, fim dos anos 1990, pelo colorido forte e pelo material de que eram fabricados: polietileno linear, conhecido como plástico rígido, superresistente e prático, capaz de ser usado ao ar livre e lavado com água e sabão. eram 11 brinquedos, fabricados a partir de um único molde."Como a máquina para fazer as peças era italiana, busquei a ajuda de um escritório de design local para criar os primeiros produtos. Fui pioneiro no Brasil", afirma Luis Illanes, 49 anos, sócio da Freso. "Logo conferi na prática o valor do bom design, que multiplica o portfólio de produtos apenas com pequenas modificações."

Desde então, a Freso destina 10% do seu faturamento anual, cerca de R$ 12 milhões, para investimento em design. Com o apoio do Centro Paraná de Design, que colaborou na seleção dos escritórios especializados, a empresa passou a fabricar, também, objetos de decoração. "tínhamos o know-how de produção, faltava desenvolver um móvel que somasse desenho e funcionalidade", observa Illanes."Aplicamos R$ 20 mil no projeto inicial."

Hoje, a Freso conta com 52 produtos em linha, entre brinquedos, móveis e objetos de decoração, 70% deles assinados por designers. A receita permite à empresa assistir a um crescimento das vendas entre 30% e 35% ao ano. Um dos destaques da marca é a poltrona iluminada Joker, que custa R$ 420. Criada pela Paradesign, de Santa Catarina, a peça ganhou o primeiro lugar no Prêmio de Design do museu da Casa Brasileira, em 2003.

Aos poucos, a Freso foi diversificando o time de parceiros e atualmente são os próprios designers que procuram a empresa para novos projetos, o que garante uma média anual de seis lançamentos."No início, é difícil trabalhar com esses profissionais, porque eles tratam a criação como um filho e nem sempre é possível respeitar 100% do projeto quando se fala em escala", afirma illanes. "À medida que as ideias se afinam, os resultados aparecem, porque o design agrega identidade à peça".

LINHA DE CRÉDITO
Estudo realizado no final de 2009 pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pela Associação Brasileira das Empresas de Design e FGV Projetos, envolvendo dez setores da indústria brasileira, constatou que 84% das empresas que aplicaram em design de produto nos últimos três anos aumentaram a competitividade, 82% alcançaram maior participação no mercado, 68,5% ganharam lucratividade, 76,5% cresceram em faturamento e 68% reduziram custos. "Com essa evolução, pela primeira vez a indústria nacional tem condições de competir de igual para igual com os produtos estrangeiros e o país pode ampliar sua pauta de exportações", declara Sérgio Costa, gerente geral de negócios da Apex-Brasil. Com esse objetivo, o BNDES disponibilizou em novembro de 2009 uma linha de crédito para empresas que obtêm faturamento anual de até R$ 60 milhões investirem em design de produto e de embalagens. Os primeiros empréstimos serão liberados até junho deste ano. Paralelamente, o Ministério da Cultura passou a considerar o design como manifestação cultural, reservando recursos para tornar o setor mais competitivo no mercado externo.

RADICAL E SUSTENTÁVEL

Quem pratica skate sabe que o segredo está no shape, a prancha sobre a qual o skatista apoia os pés para fazer suas manobras. Coube ao designer Fabrício da Costa criar um produto de ponta para a Flying, fabricante de shapes para terceiros, aberta em 1999, em Campo Largo (PR). Disposta a lançar a própria marca, a empresa recorreu, em 2003, ao Centro de Design do Paraná.

Esportista radical, Costa concebeu um shape mais resistente, leve e eficiente. No lugar de madeira de marfim, em extinção, ele optou por araucária reflorestada, pínus argentino e bambu. "Gastamos cerca de R$ 15 mil entre o projeto e os protótipos, feitos com madeira certificada e resinas ecológicas", afirma Antonio Portes, 51 anos, sócio da Flying. A produção saltou de 170 shapes por dia nos quatro primeiros anos de mercado para 550 unidades no início de 2010, com preço 20% menor que os importados.

Para assegurar a preferência dos esportistas, a Flying intensificou seu ritmo de lançamentos. A cada 60 dias praticamente renova seus 40 modelos, divididos em dez linhas. O investimento em design consome entre 3% e 5% do faturamento anual, cerca de R$ 4 milhões. "Tenho consciência de que esse é um dinheiro bem aplicado, desde que projeto e produto falem a mesma língua", diz Portes. "Batemos cabeça três anos até deslanchar no mercado com um shape bonito, funcional e único".

DESIGN ACESSÍVEL
A chegada das pequenas e médias empresas a um mundo até então restrito às grandes indústrias e ao universo do luxo tem levado os profissionais da área a mudar a forma de trabalhar, diminuindo custos, firmando parcerias com universidades e entidades de classe e, até mesmo, repensando a escolha da matéria-prima. "Os designers tiveram de aprender que não bastava conceber um produto para ser premiado e, sim, algo que atendesse às necessidades do consumidor e coubesse no orçamento do fabricante", afirma Levi Girardi, 39 anos, sócio da Questto Design. Há 17 anos no mercado, a agência já desenvolveu 400 projetos, 75% deles para pequenas e médias empresas.

Outro aprendizado, de acordo com os próprios profissionais, foi trabalhar o design para artigos populares. Isso porque, com o aumento do poder aquisitivo das classes C e D, cresceu a demanda por produtos ao mesmo tempo atraentes, funcionais e baratos. Um bom exemplo é a Lavadora SuperPop, fabricada pela Mueller Eletrodomésticos. Compacta e com embalagem 40% menor que as convencionais, a máquina ocupa menos espaço no estoque. Além disso, pode ser transportada no porta-malas de um carro. "Foi um projeto que teve impacto de redução de custos em toda a cadeia", afirma Gustavo Senna Chelles, 41 anos, sócio da Chelles & Haysashi Design, responsável pelo projeto.

A REINVENÇÃO DO CABIDE
Um cabide que não deforma camisetas, o Zig Zag; outro que dribla a falta de espaço no varal e facilita a passagem das roupas, o Quará. Esses são dois dos produtos com design premiado lançados pela Poly Play, empresa nascida em 2004, na incubadora de Santa Bárbara d'Oeste (SP). Medalhas de bronze em duas edições do Idea Brasil Design, os lançamentos abriram as portas de importantes redes de varejo do país, como a Tok & Stok e a Etna. "No nosso caso, design premiado virou sinônimo de bons negócios, pois até então não tínhamos fechado nenhum pedido fora dos supermercados", diz Marcos Toma, 40 anos, sócio da Poly Play.

Fugir do lugar-comum em um mercado de produtos triviais foi a intenção desde o começo. "Abrimos a empresa com um único produto: um prendedor de roupas colorido", lembra Toma. "Insistimos por quase três anos nessa receita, por teimosia." Foi com a ajuda do Instituto ParqTec de Design, de São Carlos, que a Poly Play concebeu os primeiros artigos com funcionalidade e apelo visual: dois suportes de varal e a linha de prendedores de roupa divertidos. Cada projeto custou R$ 15 mil e teve 50% de subsídio da incubadora.

Hoje, dos 18 produtos da marca, dez são criados por designers. "O bom projeto rompe barreiras, alavanca vendas e agrega valor ao produto. Enquanto a concorrência vende cinco cabides por R$ 1, o nosso custa R$ 4,99 o par. O faturamento subiu de R$ 250 mil para R$ 1 milhão em pouco mais de três anos."


Em média, um projeto de design de produto pode levar de seis meses a dois anos para ser concluído. Os custos começam a partir de R$ 15 mil e podem chegar à casa do milhão, somando-se criação, desenho, moldes, protótipos e a primeira produção. Hoje, porém, já é possível dividir esse investimento com entidades como o Sebrae -, que, por meio do SebraeTec chega a subsidiar até 80% do investimento total. Ou, ainda, ter acesso facilitado a linhas de crédito de fomento à inovação, como o fundo Finep e o Cartão BNDES.

BRINCO DE OURO
Mais de 800 mil cabeças do rebanho bovino brasileiro já exibem nos pastos um brinco especial, de formas arredondadas. É um rastreador, que serve para identificar os animais por radiofrequência. Fabricado pela Animalltag, com sede em São Carlos, interior de São Paulo, o brinco nasceu em 2000, sem preocupações com a aparência, apenas com a tecnologia. Há pouco mais de um ano, porém, tomou um banho de design. O resultado foi um salto nas vendas, que subiram de 40 mil para 150 mil unidades mensais, o primeiro lugar no prêmio IF Design Awards 2009, o Oscar do design internacional, e a terceira colocação no prêmio de design do Museu da Casa Brasileira.

"Inicialmente, nós investimos na tecnologia e não nos demos conta de que o cliente pagaria R$ 2 mil por um equipamento pesado, quadradão e de difícil manuseio", afirma o sócio Carlos Gustavo Machado, 37 anos. "Foram os próprios fregueses que nos mostraram a necessidade de cuidar do visual." O projeto, desenvolvido pela Questto Design, no valor de R$ 20 mil, não só mudou a cara do produto, como melhorou a sua usabilidade e otimizou a produção, com a redução das etapas de montagem. Com o novo projeto, o brinco tornou-se mais resistente, sofre menos com a ação da poeira e das chuvas, e ganhou giro livre, o que diminuiu os índices de perda de 5% para 1%, segundo testes feitos pelo governo colombiano, importador do produto.

MUITA CONVERSA
O preço do projeto, entretanto, não deve ser o único critério na hora de selecionar o escritório de design. O importante é observar o portfólio dos profissionais envolvidos e ver se o trabalho oferecido se adapta às necessidades do negócio. "Nem sempre o design premiado é o que ajuda a vender um artigo. Muitas vezes, o projeto de um produto que nos permite viver melhor no dia a dia não passaria na primeira fase de um concurso", afirma Aguinaldo dos Santos, doutor em design pela Politécnica de Milão e coordenador do Núcleo de Design & Sustentabilidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Quanto mais o designer souber da trajetória da empresa, seus valores e objetivos, mais chance ele terá de conceber um produto com a identidade da marca.

Um bom projeto de design também não pode ignorar o descarte do produto quando seu ciclo de vida for encerrado, ou, ainda, ser responsável pela sua saída do mercado pela escassez de matéria-prima, alto custo de produção ou falta de serviços de manutenção. "Muito se fala sobre sustentabilidade, mas essa questão ainda precisa ser muito trabalhada na concepção dos produtos pela maioria das empresas", afirma Santos. "Exceção feita àquelas voltadas à exportação e às que atuam em mercados altamente competitivos, que já encaram a questão ambiental como um critério fundamental e não apenas como uma opção ideológica". Na visão do professor da UFPR, quem assimilar essa cultura tende a deslanchar rapidamente dentro e fora do país.

NOVOS VENTOS PARA O NEGÓCIO
Foi só quando um cliente chegou à loja de fábrica da Ecobrisa, em Campinas (SP), para devolver o umidificador de ar porque a esposa achou o produto feio, que o empresário Paulo Gabarra, 52 anos, se deu conta de que tinha um grande problema para resolver. Engenheiro de formação, ele desenvolveu um aparelho de climatização tecnicamente ótimo, de baixo consumo de energia e ecologicamente correto (pois não agride a camada de ozônio). Esqueceu-se, entretanto, de cuidar do visual. "Na minha cabeça, o mais importante eram os atributos e não a forma do produto", afirma Gabarra.

Diante da rejeição do consumidor, resolveu rever sua estratégia. Encomendou um estudo à agência Cacau Design. O projeto consumiu R$ 15 mil e resultou em uma linha de 12 climatizadores para uso doméstico e para espaços públicos, com traços harmoniosos, tamanhos diferenciados e oito variações de cores. "Com a reestilização, feita em 2006, as vendas quadruplicaram, a produção atingiu uma média de mil unidades mensais e o faturamento somou R$ 15 milhões em 2009", diz Gabarra. Lição aprendida, hoje a Ecobrisa tem três produtos em gestação, todos com a ajuda de um escritório de design.

Divã do inventor

Tava navegando pela net, encontrei essa página do site da Pequena Empresas Grandes Negócios onde você pode mandar suas dúvidas sobre patentes. Bem bacana.




O que está em alta (e em baixa) no mercado de utensílios domésticos

Matéria bem legal do site da Revista PEGN

O setor movimenta R$ 2,3 bilhões por ano no Brasil


Redação PEGN


O mercado de utensílios domésticos movimenta R$ 2,3 bilhões por ano no país, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Talheres, Cutelaria, Utensílios Domésticos, Hospitalares e Similares (Abitac)

domingo, 15 de agosto de 2010

A história das coisas

Galera esse video é muito legal

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

TGI - Busão doce busão - acessórios para seu ônibus

Hoje vou contar pra vocês como foi minha experiência com meu trabalho de graduação.

Fiz em dupla com minha colega e amiga Flávia Loumy Kawasaki, durante os ultimos semestres do curso de desenho industrial projeto de produto no Mackenzie 2008.

Como andavamos muito de ônibus, e o caminho era bem longo, pois ambos moravamos em Cotia, a volta para casa durava de 1h30 a 2horas dependo do trânsito, duas conduções, municipal e intermunicipal. Então tivemos bastante tempo pra amadurecer as idéias, quando decidimos desenhar acessórios para ônibus que fizessem com que o ambiente ficasse melhor, transformar um lugar onde odiavamos estar em um lugar mais agradável, pensando em melhorar as vidas dos passageiros e consequentemente as nossas, afinal se calcularmos o tempo gasto da casa pro trabalho, trabalho para facu e facu para casa, façam as contas.
Nosso orientador foi o professor Olavo Egydio Aranha, com sua paciência milenar e orientações nos conduziu a um desenvolvimento muito interessante.
O 1º semestre de desenvolvimento passamos coletando e pesquisando dados, tudo sobre ônibus, transporte coletivo, definimos os produtos a serem desenvolvidos e começamos a esboçar as primeiras idéias. Produtos foram um suporte de guarda-chuvas, suporte de revistas, redesign apoio de mãos e um dispensador de alcool em gel (fomos visionários foi antes do surto da gripe suína)

O nome "Busão doce busão - acessórios para seu ônibus" foi escolhido com base em nosso objetivo de projeto, a brincadeira com o ditado popular "lar doce lar" onde usamos a giria popular "busão" para dar uma maior familiaridade das pessoas usuárias de ônibus com o projeto e o pronome "seu" para nitida impressão que o ônibus é do usuário.

Mas o desenvolvimento não foi nada fácil, tivemos dias e dias de idéias e desenhos que não nos agradava, tudo era ruim, feio, chato. Estavamos tão preocupados com processos produtivos e funcionalidade que tudo ficava com aquela cara de " feito por um engenheiro".
Durante o 2º semestre, reta final, a falta de criatividade ou "trava" pelas preocupações de projeto não mudaram os rumos do projeto, até que certo momento decidimos entre tentar apresentar do jeito que estava ou bombar e tentar fazer uma coisa legal, é decidimos bombar.

Que beleza... DP de TGI! 

Mas nos deu mais calma para trabalhar, afinal não tinhamos as outras matérias, ir uma vez pra facu não era mais tão cansativo.

Então um dia decidimos esquecer tudo o que já tinhamos desenhado até então, todas as preocupações e buscamos o que realmente queriamos desenhar, afinal é pra fazer o ônibus um lugar mais agradável? Produtos com formas divertidas!

No nosso primeiro processo de criação, a Loumy desenhando de uma lado da mesa e eu na outra ponta, quando olhamos os desenho havia uma forma que os dois haviam desenhado que estava muito semelhante, daí nasceu o "Pé de Sapo" suporte de guarda-chuvas.

A partir desse produto os outros foram questão de dias pra serem definidos, revisteiro "Apoia Leitura", dispenser "Meleca Limpa", apoio "Segura Peão", sim optamos por nomes divertidos tambem para os produtos.

Nossa banca foi formada pelos professores Olavo Aranha, Marcelo Oliveira e Afonso Celso Garcia.

Haviamos ensaiado a apresentação pra que cada um falasse algumas partes, dividimos bem as falas, fizemos uma lembrancinha para quem assistiu a apresentação, um chaveiro com a forma do Pé de Sapo.

Resultado: Nota 10 e muito elogios para o projeto. Trabalho recompensado.

Veja o trabalho na integra abaixo. 

A história não acaba aí...
Depois de formado, colação, festa, viagem de cruzeiro open bar de bebida e comida, estava eu numa quinta-feira recrutando os loucos para balada, quando chamo meu amigo designer também Nicholas Vieira. Sua resposta foi:

-Não vai dar estou inscrevendo meu TGI no IDEABrasil2009, amanhã (sexta) é o ultimo dia.

Decidi ir pra balada e ver no dia sequinte o que era aquilo de IDEABrasil. No dia sequinte após a ressaca, pesquisei sobre o concurso, copy cola do TGI no formulário de inscrição e o "Busão doce busão" estava concorrendo.

Meses depois resultado:
Premiados no IDEABrasil2009 com Bronze na categoria estudante com o projeto "Busão doce busão - acessórios para seu ônibus".

Ah e lembram do Nicholas, prata na categoria estudante.
Espero que essa história dê forças aí pra galerinha que está nessa fase de trabalho de graduação, façam com seriedade e comprometimento, seu trabalho pode te render frutos e não só uma nota.


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