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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Incentivo ao Design

Com o objetivo de incentivar o investimento privado em inovação, o BNDES passa a financiar, de forma isolada, os serviços de design de produtos e embalagens. Assim, as empresas e os empresários individuais prestadores deste serviço já podem solicitar o credenciamento como fornecedores no Portal de Operações do Cartão BNDES, desde que atendam os seguintes critérios:

i. Mínimo de 2 anos de abertura do CNPJ;
ii. Possuir CNAE - 7410-2/01;
iii. Possuir portfólio em site próprio na internet constatando a prestação de serviços de design, ergonomia ou modelagem de produtos e embalagens a no mínimo três empresas.

O BNDES poderá, ainda, solicitar outras informações julgadas necessárias, a seu critério.

Tendo em vista a multiplicidade de aplicações e a utilidade desta atividade, acredita-se que o Cartão BNDES poderá fomentar o investimento das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) em design, contribuindo para agregar valor à produção nacional, ao mesmo tempo em que a diferencia frente à concorrência estrangeira.

fonte: www.cartaobndes.gov.br

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Design for Life

De tempos em tempos vou ao google pra fazer buscas aleatórias. Desta vez juntei as palavras: design for life (num desses momentos de reflexão em que paro e penso "o que estou fazendo? e "pra onde quero realmente ir?").
Bom, eis que aparece uma produção da BBC com Phillippe Starck. No formato de reality show, o programa faz uma busca por um novo talento no design britânico. Tirando os participantes que não são lá muito estimulantes, ficam as palavras e o bom humor do designer.

O legal mesmo é visualizar todo processo de desenvolvimento, do briefing, concepção, scketches, apresentação, mock-up, prototipagem etc.

" Não precisamos de uma cadeira. Precisamos de novas idéias."

"Ajude a humanidade a atingir seu potencial - como eles vivem - observe o comportamento humano"
O programa é divido em 6 capítulos de 1 hora cada. O link está abaixo. Recomendadíssimo!

Episode 1


Design for Life from design on Vimeo.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Vejam o que rolou em Milão 2010

Bom dia galera,

querem ver um pouquinho do que rolou em Milão desse ano?

Peguei o link na revistaRG nº11

divirtam-se

http://www.magmidia.com/isaloni/

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Design e Desenvolvimento Sustentável

No dia 20 de agosto de 2009 tivemos a presença do arquiteto e designer Marco Capellini da Design & Consulting e Matrec de Milão e Roma, para duas palestras programadas; uma na Fiesp e outra na Fundação Getúlio Vargas.

Segue-se um artigo que escrevi a partir da palestra de Capellilni.

A temática foi – Eco Design e a Construção do Futuro Sustentável.

Capellini possue uma vasta experiência metodológica e pragmática para o desenvolvimento de produtos e serviços sustentáveis.

Como ele mesmo cita, a palavra sustentabilidade está muito desgastada e muitos nem sabem bem o que ela significa. Nos últimos anos temos observado uma crescente preocupação das autoridades, associações ambientalistas e científicas com as questões ambientais, sugerindo prováveis catástrofes para o nosso planeta.

Infelizmente o nosso sistema produtivo ainda provém de uma noção de bem estar construido pela mente social, num contexto industrial localizado no último século na Europa e na América do Norte, onde a compreensão dos limites era escarsa e os recursos naturais eram dados por certo. Era o bem estar baseado no produto.

No começo da era industrial com o desenvolvimento da tecnologia e da ciência foi possível a materialização dos serviços na forma de produtos, por exemplo, os serviços de lavanderia deram surgimento às máquinas de lavar roupa, serviços de tocar música, rádios, vitrolas ou gravadores. A industrialização possiblitou a democratização do acesso, aumentando-se a quantidade de produtos disponíveis por preços cada vez menores.

Isto trouxe uma forma particular de bem estar, o bem estar de possuir, depois possuir para aparecer, para ter status, e consumir mais e mais produtos, o que caraterizou um modelo atual insustentável de produção e consumo. O problema é que esta noção de bem estar que permanece até hoje, é insustentável.

Para tanto, têm surgido uma série de normas que tentam coibir o uso desenfreado dos recursos naturais do nosso planeta, intervêm nos processos de produção que causam poluição, exigem tratamentos contra poluição dos efeitos criados por produtos industriais e finalmente tentam reorientar o comportamento social através do consumo sustentável.

Alguma coisa está mudando isto todos nós estamos percebendo.

Nunca as campanhas publicitárias se orientaram tanto para a venda de produtos ecológicos como hoje. Surgiram centenas de produtos mais “verdes”, leves, menores, mais baratos, feitos para serem consumidos mais rapidamente. Foram feitos também para conversar com a moda, como relógios que mudam em cada virada de estação, celulares e câmeras. Produtos que se aproximam da efemeridade e do descarte absoluto. Este tipo de produto e de campanha é chamada de “green washing” (lavagem verde). Este descarte sem critério ou afetividade, faz que sejamos a geração do”throw away”, sem nenhuma herança cultural para deixar para as futuras gerações.

Fazem certificações e marcas ambientais mas também arriscam de criar mais confusão do que informação.

Será que existe verdade em tudo o que dizem? E como nós poderemos saber?

A sustentabilidade não pode ser medida, pesada, tocada ou cheirada.

Ela só pode ser integrada ao produto através dos valores ambientais, sociais, e econômicos.

Materiais, processos produtivos, transporte, consumo e fim de vida são todos os aspectos que caracterizam a sustentabilidade de um produto. A tarefa dos designers e das empresas consiste em criar e produzir novos produtos levando em consideração todos os aspectos ambientais e sociais.

A tarefa do Designer é aquela de produrar encontrar a melhor sustentabilidade do produto através da escolha de materiais primários ou virgens e secundários (renováveis ou não) ou reciclados (pré ou pós consumo); dos processos produtivos; embalagem; sistemas de transporte; estocagem e funções de uso, sem esquecer a questão do descarte (pós uso). Esta última devendo-se pensar se o produto será restaurado, recuperado ou se se perderá por inteiro.

A tarefa da Empresa é de continuamente aperfeiçoar-se na escolha responsável de materiais, tecnologias e funcionalidades. Não basta vender um produto com a palavra Eco. Mas sim produzir valor de um modo competitivo, oferecendo para seus consumidores e para a sociedade em geral, soluções para garantir ou melhorar seu bem estar enquanto consumindo menos recursos e regenerando a qualidade do seu contexto socio ambiental.

A tarefa do Consumidor é aquela de conscientizar-se que tem uma grande força. Ele vai decidir o que comprar e usar e vai legitimar a existência de um produto ou serviço. É um consumo crítico. Um consumismo verde. Todas as pessoas devem agir como co-designers e co-produtores. Repensar no conceito de bem estar. Ao invés do consumo exacerbado consumir menos com mais qualidade. Descartar menos.

Entretanto um dos pontos mais enfatizados por Capellini na sua palestra foi que o consumidor só poderá executar a sua tarefa se os aspectos de sustentabilidade presentes no produto forem comunicados.

Sem Comunicação ou Informação o usuário não poderá ser formado. Não terá condições de reconhecer, comparar e escolher o valor socio-ambiental de um produto.

Suzana M. Sacchi Padovano
Mestre Designer Industrial
Studio Sacchi Designers
NUTAU/USP – Consultora em design industrial

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