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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Manual do Designer (para clientes)

É isso aí pessoal!! Pegando uma carona no vídeo abaixo, segue texto do meu livro
Um designer sozinho não faz milagres (http://www.rosari.com.br/)


Há anos ouço minha irmã Dentista reclamando da inconveniência de algumas pessoas (geralmente em festas e reuniões sociais) que insistem em pedir uma opinião sobre um dente, uma dor ou uma prescrição de terceiros, desrespeitando o profissional que estudou durante anos e não pode nem deve fazer recomendações sem antes analisar a situação.
Pensando bem, com o Designer a coisa não é diferente. Já perdi a conta de quantas vezes ouvi de empresários a frase "dá uma olhada no meu catálogo e me diz o que você acha". Ou então:  "faz um rabisco aqui pra eu ter uma idéia". E pior ainda: “bola aí alguma coisa e depois a gente vê...”
Para aqueles que não estão familiarizados com o trabalho do Designer seguem alguma dicas: 

Um “desenhinho, um rabisco ou um croquizinho” É o nosso trabalho, é projeto, é conceito que precisa ser pesquisado e desenvolvido.


Regra nº 1 - Para desenhar qualquer coisa é preciso se concentrar e utilizar toda a carga de informações que acumulamos em anos de estudo. E isso tem um custo.

Regra nº 2 - Se o cliente deseja apenas um desenho “para ter idéia” isto chama-se estudo preliminar e também tem custo. É como ir ao dentista e pagar pela consulta de diagnóstico – se o cliente vai ou não fazer o tratamento é outra história: o profissional recebeu pelo tempo dedicado e pronto.

Projeto é sinônimo de pesquisa, planejamento e método, recursos do bom profissional. Todo esse processo leva tempo, e assim:

Regra nº 3 - Se o cliente não dispõe de tempo para investir num projeto, é melhor nem contratar um Designer. 

Outra atribuição do Designer é avaliar protótipos. Mas apesar da tecnologia de informação ainda não e possível avaliar protótipos à distância, por telefone ou por fotos via e-mail. Portanto:

Regra nº 4 - Os deslocamentos para avaliação de protótipos devem ser pagos pelo cliente. E em caso de alterações e adaptações o cliente também terá que pagar.

Em muitas ocasiões o cliente, motivado por seu gosto pessoal, por opiniões de terceiros ou por uma pesquisa que leu não se sabe onde, decide "mudar um pouquinho o projeto".

Regra nº 5 - Neste caso o trabalho de conceituação do projeto deverá ser revisto, muitos desenhos deverão ser refeitos e consequentemente haverá um custo adicional.

É importante também que cliente conheça a reais funções e responsabilidades do Designer antes de contratar seus serviços. Todo Designer espera ser contratado para fazer um projeto e não para resolver problemas que foram criados por outros profissionais ou por uma gestão inadequada. Fazer a gestão do design é tarefa do cliente, pois é ele quem define as estratégias de sua empresa.

Regra nº 6 – Cabe ao cliente "brifar" o produto,  definindo qual deverá ser sua imagem no mercado-alvo.

A busca da inovação começa quando se propõe situações ainda não exploradas, mesmo que pareçam estranhas à primeira vista. O trabalho do Designer é antecipar cenários, investigar novas possibilidades. Portanto, caro cliente,

Regra nº 7 – Evite utilizar expressões como "viajar na maionese" quando se referir a uma proposta: isto não é engraçado para quem se delegou um projeto importante, visando resultados e lucro.

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